domingo, 3 de abril de 2011

Um pouquinho de mim

Sou uma pessoa complicada de entender. Rostinho anjelical, jeito de menina com desejos e segredos de mulher e envolvida por muitos pecados. Afinal, "quem nunca pecou que atire a primeira pedra." Nunca fui a melhor aluna, nem a mais bonita do colégio, e muito menos popular. Melhor filha? De maneira nenhuma, pra família em geral sempre fui considerada a ovelha negra, até o dia em que minha irmã caçula saiu de casa por rebeldia ou por egoísmo e ficou com o meu título.
Sou completamente instável, no mesmo instante que estou feliz, estou triste, rindo, choro, desejo, repudio. Essa instabilidade me traz consequências que me afetam diariamente. Bastante impulsiva, mas não arrependo nunca do que faço. Mas provavelmente se não agisse por impulso não faria 70% das coisas que já fiz, como colocar piercing no nariz, fazer tatoo, gastar 1000 em compras em apenas 1 dia e pedir ao cara que gosto em namoro. É... já fiz isso... Tenho um "defeitim": romântica apaixonada. Que apesar de sempre sofrer com relacionamentos, sempre há uma "esperançasinha" que pode ser diferente. Mas no fim... é tudo igual. Como diz a canção de Vander Lee, que apenas os românticos "conhecem o gosto raro de amar sem medo de outra desilusão... Romântico é uma espécie em extinção!"
Namorei 6 anos com uma pessoa, que foi meu primeiro namorado, que hoje agradeço por atualmente ser apenas o advogado de minha mãe. Nesse relacionamento aprendi muito, me doei de mais e sofri. Mas não fui nenhuma santa também. Depois dele só "enrrolations" ou tentativas de recomeçar um novo relacionamento. Mas tudo que é novo dá medo. Bastava perceber que estava me envolvendo para na msm hora sair correndo, as vezes que dei oportunidade... percebi que foi para caras errados. Esses fatos só aumentam as cicatrizes e endurecem o coração. Atualmente, solteira, desiludida com os homens e incrédula no amor...  guardo no coração uma pessoa muito especial que infelizmente desistiu de dar oportunidade a nós.
Formada e atualmente de cama. Como dizem, "pra morrer basta estar vivo." Tem situações em nossas vidas que precisamos nos machucar para refletir sobre os caminhos que decidimos seguir. Em meu caso, quebrei o tornozelo D há 3 dias, terei que me submeter a uma cirurgia. Hj dependo da minha mãe para trazer alimento, me ajudar a mudar de cômodo, coisas básicas. E sinceramente, nunca dei valor. Já magoei minha mãe de mais. Saí de casa esse ano, fiquei 2 meses fora. Aí vem a vida e me dá uma rasteira... caio na rua, e quebro o tornozelo.. e quem cuida? A pessoa que nunca dei valor e que sempre fez tudo por mim. Sigo a doutrina espírita, hoje voltei a fazer culto no lar, depois de não sei quantos anos sem participar. Mentalizei sobre minha vida e abri aleatoriamente o livro "As coisas do querer" de Maria Cristina Santos, veio a seguinte mensagem que dispensa comentários. Com ela fecho esse pequeno resumo sobre mim.




"MAE I
Mãe que se fez ternura para embalar o filho,
que se fez amor para criá-lo,
que se fez imbatível para defendê-lo.
E que no final, aquietou-se na varanda olhando ele ir com a vida.

MÃE II
Cresci à sombra do seu amor.
Ai de mim, não fora o cuidado de suas mãos.
Você desenhou estrelas no chão para que eu tivesse um céu.
Encheu minha infância de cores para que eu tivesse um lar.
Obrigada pelo que sou.
Bendita seja enttre todas."

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